segunda-feira, 18 de julho de 2011

Nadico


Tio Nadico, Reinaldo de batismo, morreu ontem de noitinha e foi enterrado hoje à tarde. Longa vida à margem. Já casado com uma das irmãs de meu pai, sei que quando este último se casou recebeu ajuda de Nadico nos primeiros tempos. Muitos tempos passados e já separado, Nadico viveu longos dias e noites de isolamento quase completo. O velório revelava a conta exata: praticamente ninguém parou o adeus. Histórias mal contadas e mal escondidas certamente foram caladas no seu peito, com ele, nessa última pescaria. Sua alma foi encomendada por um padre alemão (polonês?), mas com belas, serenas e bem escolhidas palavras da língua portuguesa e da liturgia católica. As mais belas? "Oh, Senhor, não olhai os pecados de seu filho, nosso irmão, Reinaldo, mas a fé que o animava". Adeus, Tio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário