segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A pedra

"Há uma diferença. Tenho aversão à subjetividade. Em primeiro lugar, tenho a impressão de que nenhum homem é tão interessante para se dar em espetáculo aos outros permanentemente. Em segundo lugar, tenho a impressão de que a poesia é uma linguagem para a sensibilidade, sobretudo. Uma palavra concreta, portanto, tem mais força poética do que a palavra abstrata. As palavras pedra ou faca ou maçã, palavras concretas, são bem mais fortes, poeticamente, do que tristeza, melancolia ou saudade. Mas é impossível não expressar a subjetividade. Então, a obrigação do poeta é expressar a subjetividade mas não diretamente. Ele não tem que dizer 'eu estou triste'. Ele tem é que encontrar uma imagem que dê idéia de tristeza ou do estado de espírito - seja ele qual for - por meio de palavras concretas e não simplesmente se confessando na base do 'eu estou triste'".
 
JOÃO CABRAL DE MELO NETO
 
ver entrevista completa em www,desterritorio.blogspot.com

João Cabral de Melo Neto

3 comentários:

  1. Por isso amo a poesia... As palavras são escutadas na alma, interpretadas no coração...
    Esse é o poder da poesia que me encanta!

    beijos no coração, agradeço todo o carinho, e deixo aqui meu mais sincero agradecimento pela oração, é de grande valor pra mim! beijos

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  2. "Muito freqüentemente, nós subestimamos o poder do carinho,
    de um sorriso, uma palavra amável, um ombro amigo, dar ouvidos,
    um elogio honesto, ou o menor ato de dedicação, pois todos
    têm o poder de transformar uma vida."

    (Leo Buscaglia)

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  3. Ana Roos, obrigado pela visita.
    Você tem todo o espírito (não vou dizer que tem razão porque fugiria da perspectiva deste espaço). Eu sei que aqui ainda se mora na casa do Espírito, que a Razão quer tomar como sua, relegando à outra moradora, a imaginação, a condição de louca da casa. Tudo que estudo é para destituir a Razão do domínio absoluto e despótico da casa do Espírito.
    Abraço. Fica com Deus, sempre.
    Gilson.

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