quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Viagem


A Chuva tece

Acabo de fechar a janela, por onde observava a chuva.
Noite alta.

Que lugar é esse, que não pode ser um espaço imaginário?
Madrugada só.

A chuva insiste em refazer tudo que é vida na terra.
Meu não lugar eu.

Sombras não dizem nada e não se afastam nem reclamam.
Que sentem?

Tudo se move enquanto todos dormem seus sonos.
Com que sonham?

Chovia muito naquela manhã em Serra das Araras.
Onde mais?

Fazer colagem não deveria fazer sentido ou sim.
Sim.

Se tudo que se pode querer é ter alguém do lado
Com quem...

Mesmo em silêncio ao som da chuva se possa
Confirmar a flecha...

A sagrada dor da flecha daquele silêncio imenso
Da lágrima.

Alguma nota que fugiu da música da chuva que cai
Lá fora.

Lá fora a chuva que tudo refaz sempre e por dever
Aqui dentro a esperança pede água.

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