segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Machado, café ao fundo

Café 100% arábica. Café no quintal de casa. Uma avenida inteira em que só conversa Café. Café no pé, café na balança, café commodity, yeah. Para aqueles que não sabem, quando precisei muito ocupar a cabeça com o que quer que fosse, eu fiz um curso de especialização em mercado financeiro e investimentos. Acredite quem quiser. Assustei-me hoje cedo quando, ao caminhar pela rua pacata de Machado,  vi esse quadrozinho na parede de um escritório:


Claro que isso era muito e então entrei e perguntei pela confirmação. Cumprimentei o moço e perguntei, acho que meio espantado: "Isso aqui é a cotação do Café na bolsa de Nova Iorque, até o último pregão?" O rapaz nem se mobilizou, e respeitosamente disse "sim". Putz, pensei, nesse pé de serra, no oco de Minas Gerais, quase no fim do mundo, os caras estão negociando o Café alí da fazenda sem perder de vista a cotação... Pensava isso, quando percebi que os "caboquin" são muito piores: logo ali na frente, pregado na parede, simplesmente um home broker com a tela aberta. Os caboquin estão conectados:


Aí vem aquela hora em que Deus nos mostra que a ignorância é um trem que a gente precisa combater até o fim da vida, mesmo. Vendo a tela preta e sabendo que àquela altura as bolsas já estavam com os pregões abertos, perguntei se o Broker (quis mostrar intimidade) não estava funcionando. A resposta veio na mais pacífica mansidão mineira: "Né, não. É porque hoje é feriado em NY e em Londres, não tem pregão". Vai !! Se Nova Iorque e Londres estão fechadas, Machado vai se movimentar pra quê?

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